
Gostaria de compartilhar com todos uma experiência que tive nesta semana que foi a visita a um orfanato. Nunca havia estado em um orfanato antes, e já há algum tempo aguardava essa oportunidade. Nesse orfanato ficam crianças até 5 anos de idade, vítimas inocentes por diversos motivos, de abandono por parte de seus pais. Cheguei ao orfanato exatamente no horário em que as crianças dormiam, após o almoço, e pude percorrer, com uma amiga, todas as dependências da instituição com muita calma, observando todos os detalhes.
As crianças estavam muito bem alimentadas, limpas e vestidas. Cada uma possuia suas roupinhas e brinquedos com áreas específicas para sua idade, assim como um berço ou camas individuais também muito limpas, em quartos arejados e protegidos. Havia funcionárias na cozinha, no berçário, na área de recreação, pelo menos umas cinco funcionárias cuidavam das crianças no momento da visita.
A dispensa estava com mantimentos e havia doações ainda aguardando para serem catalogadas, que alguém trouxera pouco antes que chegássemos ali.
As paredes estavam bem pintadas e coloridas com imagens de desenhos por todos os lados. Os banheiros limpos e organizados, fraudas descartáveis à disposição das trocas sucessivas e contínuas.
Fiquei então pensando o que mais aquelas crianças precisavam, foi quando a amiga que me acompanhava, pegou uma das crianças no colo, com apenas 8 meses de vida e ficou com ela alguns minutos no colo. A menininha sorriu e ficou com os olhos brilhando de uma alegria indescritível e contagiante. O mundo que ela pode compreender estava completo: suprimento e carinho.
O grande porém, é que ao ser colocada no berço novamente, para irmos embora, a menininha chorava convulsivamente enquanto partíamos, e ao olhar para trás pude ver o que realmente falta para todas aquelas crianças: um futuro. O que será daquela criança? Qual futuro terá? Abandonada, rejeitada e só. Apenas ela no mundo, só. Ninguém a conhece, a reconhece, a acolhe. Com menos de 1 ano de vida, indefesa e absolutamente sozinha, à mercê das loucuras que a humanidade oferece.
De acordo com dados da Unicef, mais de 3,7 milhões de crianças brasileiras são órfãs de pai ou de mãe.
E o que podemos fazer? foi o que me indaguei. Acredito que orar pelos países pobres, e orar por nossa nação. A orientação bíblica é que oremos por nossos governos, e isto deve ser sem cessar. Difundir o evangelho de Jesus, seus ensinos e seu poder que podem trazer a transformação das pessoas para que o mundo seja mais “habitável”.
Lutar pelo direito à educação de todos os cidadãos, e isto com cobrança contínua de nossos governantes para que a educação produza no futuro pessoas menos irresponsáveis na sociedade. E ainda nos dispusermos a ajudar, voluntariamente, pelo menos aos casos próximos a nós. Se cada um de nós for o próximo do nosso próximo, todos serão socorridos. Não precisamos ir muito longe para isso. Você pode começar visitando um orfanato. No site http://portaldovoluntario.org.br/ é possível conhecer vários deles e ainda se tornar um voluntário.
Ainda é possível, dentro da realidade de vida de cada família, chegar ao extremo sublime de adotar uma destas crianças. E por fim EXIGIR o auxílio dos governos no atendimento pleno que garanta um futuro digno a todas essas crianças órfãs que já sofreram o abandono e possuem agora, assim como a menininha que vi no orfanato, apenas a nós.
Você também pode ajudar.
Lar Jesus é Amor
Cidade: Duque de Caxias
Estado: Rio de Janeiro
Local: Rua Itabira, n° 575 Tel: 26714023
Público: Infância;
Causas: Responsabilidade Social;
Descrição: Fundada em 15 de junho de 1990, atende crianças de 0 a 5 anos.
Gilberto Horácio
Um comentário:
Lindo, Gilberto!!
Forte abraço.
Marília.
Postar um comentário