A vida chamada moderna tem nos surpreendido a cada dia com situações que nos chocam e nos devem fazer repensar nossas atitudes e nosso comportamento diante da rotina do dia a dia, nossos objetivos e metas frente ao significado do que almejamos em paralelo ao que provocamos rumo a essas metas.
Toda a imprensa noticiou hoje mais um caso de uma criança que morre ao ser esquecida, trancada, dentro de um automóvel. Talvez possamos pensar que qualquer um de nós estaria sujeito a ter um momento de descuido e causar tamanha tragédia. Entretanto, esses casos nos mostram que o ritmo que o mundo moderno tem nos imposto e, nosso aceite diante dessa pressão, é o fator principal de presenciarmos fatos terríveis como esses.
A mãe contou que normalmente deixava o bebê em uma creche e depois seguia para outra com sua filha mais velha, de 6 anos. Ao inverter a rotina, ela deixou a mais velha antes. No entanto, ela se esqueceu que a outra ainda estava no carro.
Em depoimento, a mulher de 40 anos, gerente financeira de uma empresa metalúrgica, disse que só deu conta do fato quando deixou o trabalho para buscar a filha na creche e levá-la ao pediatra.
A criança chegou a ser socorrida, mas não resistiu e chegou já sem vida ao hospital. Ela teve uma parada cardiorrespiratória e queimaduras no corpo, devido ao calor.
Não quero citar esta mulher em específico, mas apenas o ritmo que temos vivido. As pessoas em busca do sucesso profissional, recursos financeiros e negócios acabam vivendo vidas de integral dedicação ao trabalho e “ao conquistar”, que mergulham em “mundos” e neles passam a viver, totalmente à margem da vida, que realmente existe aqui “fora”, ou seja, esquecem que possuem um lar, uma família, amigos, um corpo e pessoas que requerem tempo, atenção e cuidados.
O mundo moderno tem produzido pessoas que durante o sono sonham com o trabalho, almoçam falando no celular, ficam conectados à internet onde estão, através de diversos tipos de dispositivos móveis e vivem de reunião em reunião com pastas e mais pastas de documentos em baixo do braço. Pessoas que já não dormem mais sem o auxílio de medicamentos, e pouco se dão a si mesmas.
Isso acaba produzindo uma vida onde a primazia da razão pela qual temos uma vida e pessoas vivas ao nosso redor perder qualquer sentido. Passamos a acreditar que temos uma casa, uma família e uma vida pessoal para nos dar suporte para sermos ótimos profissionais e esquecemos que na verdade deveríamos ter uma busca para sermos ótimos profissionais de sucesso apenas para obter recursos para suprir nossa via pessoal, nossa casa e nossa família.
Isso nos traz a interrogação: Como é possível esquecer? Isso nos traz a preocupação: onde está nossa mente exatamente agora?
“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” 1 Timóteo 6:9,10
Gilberto Horacio
Um comentário:
Eu vi isso na televisão. Horrívellll.
Bjs
Ju.
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