Quando leio sobre a história do surgimento do protestantismo, história de Martinho Lutero, João Calvino e outros precursores do movimento evangélico, desperto-me para a importância da atitude de protestar, contestar, crer e defender as idéias quando se tem convicção de que elas convergem para a retidão e a justiça.
Martinho Lutero não aceitava os rumos que a Igreja Católica dava à Igreja de Cristo e, diferentemente da maioria de sua época, deu a si mesmo o direito de protestar. A igreja Católica havia perdido sua identidade, ostentava riquezas e criava mecanismos únicos de arrecadação, como a venda do perdão, desviando-se dos ensinos bíblicos, disponíveis apenas ao clero da igreja, até que Lutero afixou na porta da Igreja de Wittenberg, Alemanha, as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.
O mais interessante disso tudo é o poder que existe por trás de um ato de protestar, de não baixar a cabeça para tudo e para todos que se colocam diante de nós. Conhecemos a história, e ela narra na sequência da Reforma Protestante, a Contra-Reforma Católica, onde os católicos se mobilizaram, e, no conhecido Concílio de Trento traçaram metas para não perder fiéis, frente ao movimento protestante. E é exatamente isso que me desperta, nesta questão. Quando alguém protesta, os resultados destas contestações não são apenas para si, mas também para aqueles ou aquilo de que se discorda. A toda ação há uma reação, segundo a lei da física de Isaac Newton, e isso pode produzir melhorias e um crescimento maior que a inércia poderia trazer.
Quando protestamos contra alguém, seja uma pessoa, o governo, uma empresa, e até a igreja, sempre receberemos uma resposta. A reivindicação, na maioria das vezes, causa as mudança esperadas e ainda pode mudar o curso e a vida daquele que sofre um protesto. Ora, quando no passado protestamos contra o governo, mudamos leis, destituímos governantes, fechamos empresas.
Isso me faz lembrar da frase de um matemático francês chamado Henri Pincaré que dizia: "Duvidar de tudo ou crer em tudo, são duas soluções, igualmente cômodas, que nos dispensam, ambas de refletir."
A importância de refletirmos e expormos nossas convicções e idéias, protestarmos de fato e, questionarmos ainda, é inquestionável. Se Lutero e outros reformistas concordassem com tudo o que era colocado diante deles jamais teriam promovido o grande movimento protestante que se espalhou por todo o mundo cristão.
E, os benefícios para aquele que recebe o protesto é de crescimento, de despertamento e de melhoria. Se alguém questiona-nos, inclusive, é o momento ideal para avaliarmos se, realmente, não estamos precisando melhorar, se realmente não estamos deixando a desejar naquilo que expõem contra nós. Assim como a Igreja Católica se mexeu frente ao protesto dos reformistas, ainda hoje a presença dos evangélicos faz com que os católicos também se reformem a cada dia, que melhorem em tudo, para que se aproximem daquilo que, de coração, observam que os evangélicos fazem com sinceridade e que atende ao desejo do coração das pessoas.
Portanto, podemos concluir que existem grandes chances de que um protesto seja mais importante para aquele que é protestado do que para aquele que protesta. Que o amor sele nossos corações, a cada dia, para que todos nós cresçamos, em união, para o bem comum, através da tolerância e compreensão, sempre permitindo a todos o direito de se expressar.
Gilberto Horácio, verão de 2010.
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