O livro de Eclesiastes, um dos livros da bíblia, nos traz o seguinte versículo no capítulo 7: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração”.
Que coisa tremenda isso! Essa percepção do pregador de estar “antenado” com os momentos da vida real, da verdade de que todos vivemos e também de que todos morreremos. Fiquei então pensando que: realmente quando vamos a um velório e vemos aquela pessoa que há algumas horas atrás, falava, caminhava e sorria agora imóvel e saindo da existência do planeta, chegamos à conclusão de que precisamos ser pessoas melhores. E esse melhor está intimamente relacionado a oferecer-nos mais às pessoas e buscar viver melhor nossos dias. Quando temos a sensação de que devemos “curtir” mais a vida, para a maioria, logo vem à mente o se entreter, o se divertir e isto está intimamente relacionado a festas e comemorações, muita música, gente legal e alegre, comida e bebida. E nesta direção, surpreende-nos a exortação do pregador de que “melhor é o velório do que a festa”. Dois extremos que se observam de longe.
Acredito que podemos entender a mensagem do pregador como: ser importante estar não apenas nas festas, mas também nos velórios. Comemorar, viver, vibrar: movimento dos vivos. Entretanto, é comum deixar-nos levar a um certo mundo de ilusão em nosso dia a dia que nos engana de que a fantasia é o real. O texto nos desperta a pensar, diante da tristeza de um velório, exatamente como estamos pensando agora, de que o aplicar esse ensino ao coração é abrir mão de muitas coisas nesta vida, que brigaríamos por elas a ponto de machucar-nos uns aos outros, por coisas vis, que perecem com o tempo e, na verdade de que tudo é pó.
Ah queridos! Aplicar isso ao coração acredito ser uma atitude, diária, de sermos pessoas cada vez melhores aos olhos de Deus e dos homens, entendendo que somos todos iguais, não apenas diante da lei, mas diante da existência, somos todos vivos, mas que um dia não o seremos mais.
Graças, portanto, a Deus, que nos deu o escape da esperança da glória, por meio da ressurreição Jesus, de que nem olhos viram e nem ouvidos ouviram o que Ele tem preparado para todos aqueles que acreditarem N’ele. Se não fosse assim, estaríamos simplesmente perdidos e quais seriam as razões do festejar!?
Gilberto Horácio
Um comentário:
Verdade!!
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