Algo engraçado me fez refletir em uma questão interessante:
Um de meus primos me repreendeu recentemente pelo fato de eu defender minha tese de não comprar nada, absolutamente nada a prazo. Tudo o que comprei até o dia de hoje, na minha vida, foi à vista.
Um de meus primos me repreendeu recentemente pelo fato de eu defender minha tese de não comprar nada, absolutamente nada a prazo. Tudo o que comprei até o dia de hoje, na minha vida, foi à vista.
Essa é apenas uma das muitas práticas que a sociedade adotou como sendo a correta quando na verdade é a errada. E de tanto ser incomum, aquilo que é certo passa a ser o errado.
As pessoas começaram a: primeiro, não dar valor ao suor do dinheiro que ganham; e segundo, querem satisfazer seus desejos imediatamente, pensando em primeiro ter o que querem e só pensar em pagar depois. E o que tem acontecido é uma catástrofe mundial em matéria de dívidas. Pessoas endividadas, muitas falidas, com crediários, empréstimos que poderiam ter sido evitados.
As pessoas começaram a: primeiro, não dar valor ao suor do dinheiro que ganham; e segundo, querem satisfazer seus desejos imediatamente, pensando em primeiro ter o que querem e só pensar em pagar depois. E o que tem acontecido é uma catástrofe mundial em matéria de dívidas. Pessoas endividadas, muitas falidas, com crediários, empréstimos que poderiam ter sido evitados.
Eu defendo o seguinte pensamento: – só posso comprar se tenho o dinheiro para comprar. Se não tenho o dinheiro para comprar, óbvio, não comprarei!. È isso que as pessoas precisam entender. Mesmo pagando a prazo elas terão que pagar, e pagarão valores absurdos, muito além do que o produto que compraram pode valer.
A melhor alternativa é abrir uma conta bancária e nela depositar mensalmente um valor fixo como se estivesse pagando um crediário e quando o valor for atingido para o bem que se deseja comprar, deve-se sacar o dinheiro e comprar à vista. Embora a grande população não saiba (claro que os bancos e grandes vendedores do varejo tentam esconder isso) que além dos juros embutidos em compras a prazo (os maiores do mundo) existe uma série de outros acréscimos que são embutidos nas prestações. Despesas com todo o envolvimento do empréstimo e vendas a prazo são repassadas para compradores. Esse comportamento de comprar a prazo pode fazer com que o dinheiro do cidadão seja engolido sem que ele saiba para onde foi.
Um exemplo: alguém que ganha R$ 30.000,00 por ano e for uma pessoa que sempre compra a prazo, e sempre vive através de empréstimos, pulando de banco em banco, poderá ter comprado muito menos durante um ano do que alguém que ganha R$ 15.0000 por ano mas que sempre compra à vista, nunca pega empréstimos, e faz uma boa pesquisa de mercado quando vai às compras.
Além de se organizar e não pagar juros ou taxas, quem compra à vista ainda pode conseguir descontos razoáveis ao comprar á vista. Eu mesmo, já obtive até 25% de descontos em compras de eletrodomésticos, simplesmente pelo fato de estar com o dinheiro em mãos e comprar à vista. Isto é, além de não pagar juros, paguei um valor muito menor do que valor de mercado. Chamo isso de inteligência. Chamo isso de valorizar o suor ao ganhar o dinheiro através do trabalho. Salvo a rara exceção de um financiamento de um imóvel (o qual também fiz e recomendo, pois sou também contra o aluguel), onde pode durar 30 anos; e ninguém vai juntar dinheiro e esperar 30 anos para adquirir um imóvel. Neste caso um financiamento é a provável solução. Mas na grande maioria dos casos, inclusive para automóveis, o que sugiro é juntar e comprar à vista. No caso do automóvel, mesmo que não se junte o valor integral do carro que se deseja comprar, pelo menos o valor para dar uma boa entrada deve ser guardado no banco.
Cerca de 3% a 9% dos compradores não pagam suas dívidas, são inadimplentes, e quem paga esta conta são os bons pagadores que também compram a prazo, mas quitam. Consultas para abertura de crédito, emissão de recibos, ligações para empregadores, pagamento de funcionários de cobrança. Tudo isto é pago por quem compra a prazo.
Sei que é difícil andar de transporte coletivo e abrir mão de um automóvel por algum tempo, mas é uma sábia decisão. Isto, se você não quiser pagar em um carro que custa R$ 31,000 a vista, o valor acrescidos de muitos e muitos tributos, cerca de R$ 54.000. Isso é um absurdo. Jamais faria isso. No caso do automóvel, por exemplo, as pessoas se esquecem que junto das prestações terão que pagar IPVA, manutenção do carro (que pode se caríssima), seguro (para não ficar na mão do ladrão), além das prestações do financiamento e do combustível mensal (ainda não inventaram o carro movido a água).
Enfim, a melhor solução é desenvolver a paciência, e que nem tudo que o seu vizinho compra você precisa comprar também. Você só precisa pra viver o hoje de um pouco de comida, um pouco de água, uma roupa para vestir e um lugar para descansar a noite. O resto pode muito bem esperar, e quando você puder, você será feliz em comprar e poder dizer: “Isto é meu, pois paguei por ele.”
Gilberto Horácio
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