A cada fim de um ciclo e o início de outro, deve ser motivo de muita reflexão. Eu tenho esta prática. Seja o fim de um dia e o início de outro, seja o fim de uma semana e o início de outra, como também o fim e o início de um mês, um ano, uma década, precisam ser acompanhados de íntima reflexão; um olhar para dentro de nós mesmos para sabermos o que fomos, o que representamos, o que queremos ser e o que queremos representar. Jesus disse para sermos o sal da Terra e a luz do mundo. Mas e se o sal se tornar sem sabor? E se a luz perder o brilho e a intensidade?
A vida na sociedade “moderna” tem levado as pessoas, cada vez mais, a pensarem em si mesmas, em seus projetos pessoais, ambiciosos e individualistas. Um culto extremista do corpo, da saúde e do sucesso tem feito seres consumidores no lugar de seres HUMANOS.
Jesus nos disse que precisamos morrer; morrer é a solução. Mas, como vem a ser esta morte? Esta morte tem um objetivo muito claro: produzir vida. "Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto." (João 12 : 24)
A semente precisa morrer para produzir frutos e conosco não é diferente. O que Deus quer de nós é um comprometimento com o chamado que Ele nos fez para o amarmos acima de todas as coisas e ao nosso próximo como se fosse nós mesmos. Isso significa abrir mão de coisas e prazeres para o bem comum, para o cumprimento da vida de Deus em mim. Se alguém não crê em Deus estando ao seu lado, você está morto, assim como Deus. Você é responsável por fazer um Deus vivo em alguém. Como isso é possível? Isso é possível quando deixamos de pensar apenas em nós, mas passamos a pensar também em quem está ao nosso redor.
Ir à igreja, levantar aos mãos, ser um dizimista em alguma congregação cristã, ser um homem de boas obras não é suficiente; é preciso morrer. Se eu não morro, não posso dar frutos. Posso até continuar vivo, mas ficarei só; entretanto se eu morrer, darei muitos frutos e viveremos para sempre sob os cuidados do jardineiro, do Éden, do Getsemani, da vida: Jesus Cristo. Que Ele nos regue com as límpidas águas do trono neste novo ciclo que se inicia amanhã. Um novo ano de transformação em nossa existência, com a gratidão da vida que nos dá até agora.
Gilberto Horácio
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